A Unidade 04
trouxe a definição de alguns conceitos, para a compreensão dos estudos
iniciados neste módulo. O primeiro conceito apresentado na Unidade, foi o de
definição de PLANEJAMENTO: é uma
ferramenta que possibilita perceber a realidade, avaliar
os caminhos, construir um referencial futuro, estruturando o trâmite adequado e
reavaliar todo o processo a que o planejamento se destina. Sendo, portanto, o
lado racional da ação. Tratando-se de um processo de deliberação abstrato e
explícito que escolhe e organiza ações, antecipando os resultados esperados.
Esta deliberação busca alcançar, da melhor forma possível, alguns objetivos pré-definidos. Algumas de nossas ações necessitam de planeamento, mas muitas não. Em nossas atividades diárias, estamos sempre agindo, e antecipamos os resultados de nossas ações, mesmo que não estejamos completamente cientes dessa antecipação. Mas agimos com muito mais frequência do que planejamos, explicitamente, nossas ações: poucas vezes temos consciência de estarmos executando um processo de deliberação antes da ação. Assim que tomamos conhecimento de uma ação, ou quando executamos comportamentos bem treinados para os quais possuímos planos previamente armazenados, ou quando o curso de uma ação pode ser livremente adaptado enquanto ela estiver sendo executada, então, geralmente agimos e adaptamos nossas ações sem planejá-las explicitamente.
Uma atividade premeditada exige deliberação quando se volta para novas situações ou tarefas e objetivos complexos ou quando conta com ações menos familiares. O planeamento também é necessário quando a adaptação das ações é coagida, por exemplo, por um ambiente crítico envolvendo alto risco ou alto custo, por uma atividade em parceria com mais alguém, ou por uma atividade que necessite estar sincronizada com um sistema dinâmico. Uma vez que o planejamento é um processo muito complicado, que consome muito tempo e dinheiro, recorremos ao planejamento apenas quando é realmente necessário ou quando a relação custo X benefício nos obriga a planejar.
Além disso, geralmente, procuramos somente planos bons e viáveis ao invés de planos ótimos. É importante que o planeamento seja entendido como um processo cíclico e prático das determinações do plano, o que lhe garante continuidade, havendo uma constante realimentação de situações, propostas, resultados e soluções, lhe conferindo assim dinamismo, baseado na multidisciplinaridade, interatividade, num processo contínuo de tomada de decisões[1]. O segundo conceito, que já foi destacado em outras Unidades, também muito importante, é o que fala de ÉTICA: é o nome geralmente dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. Diferencia-se da moral, pois, enquanto esta se fundamenta na obediência a normas, tabus, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar o bom modo de viver pelo pensamento humano. Na filosofia clássica, a ética não se resumia à moral, mas buscava a fundamentação teórica para encontrar o melhor modo de viver e conviver, isto é, a busca do melhor estilo de vida, tanto na vida privada quanto em público. A ética incluía a maioria dos campos de conhecimento que não eram abrangidos na física, metafísica, estética, na lógica, na dialética e nem na retórica. Assim, a ética abrangia os campos que atualmente são denominados antropologia, psicologia, sociologia, economia, pedagogia, às vezes política, e até mesmo educação física e dietética, em suma, campos direta ou indiretamente ligados ao que influi na maneira de viver ou estilo de vida. Um exemplo desta visão clássica da ética pode ser encontrado na obra Ética, de Espinoza. Porém, com a crescente profissionalização e especialização do conhecimento que se seguiu à revolução industrial, a maioria dos campos que eram objeto de estudo da filosofia, particularmente da ética, foram estabelecidos como disciplinas científicas independentes. Assim, é comum que atualmente a ética seja definida como "a área da filosofia que se ocupa do estudo das normas morais nas sociedades humanas" e busca explicar e justificar os costumes de um determinado agrupamento humano, bem como fornecer subsídios para a solução de seus dilemas mais comuns. Neste sentido, ética pode ser definida como a ciência que estuda a conduta humana e a moral é a qualidade desta conduta, quando julga-se do ponto de vista do Bem e do Mal. A ética também não deve ser confundida com a lei, embora com certa frequência a lei tenha como base princípios éticos. Ao contrário do que ocorre com a lei, nenhum indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos, a cumprir as normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; por outro lado, a lei pode ser omissa quanto a questões abrangidas no escopo da ética[2]. O terceiro conceito é do de DIAGNÓSTICO: segundo os estudos, na linguagem de gestão de projetos, o diagnóstico consiste na análise da situação-problema ou da realidade sobre a qual se pretende atuar.
Essa análise subsidia a formulação de todas as etapas do projeto. O trabalho no
diagnóstico é reunir informações das diferentes esferas, por exemplo, dados
demográficos, de educação, saúde, renda etc. A quarta definição é a que se refere a PROJETO: é um esforço temporário
empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. Os projetos
e as operações diferem, principalmente, no fato de que os projetos são
temporários e exclusivos, enquanto as operações são contínuas e repetitivas. Os
projetos são normalmente autorizados como resultado de uma ou mais
considerações estratégicas. Estas podem ser uma demanda de mercado, necessidade
organizacional, solicitação de um cliente, avanço tecnológico ou requisito
legal. As principais características dos projetos são: temporários, possuem um
início e um fim definidos; planejados, executado e controlado; entregam
produtos, serviços ou resultados exclusivos; desenvolvidos em etapas e
continuam por incremento com uma elaboração progressiva; realizados por pessoas;
com recursos limitados. O contexto da
gerência de projetos descreve o ambiente em que um projeto opera. Sua
observação é fundamental, já que o gerenciamento das atividades do dia-a-dia é
necessário, mas não é o suficiente para o sucesso do projeto[3]. A quinta definição é a que se refere a METAS: diz respeito a um fim que se
quer atingir, e nesse sentido é sinónimo de alvo
tanto como fim a tingir (lugar ou objeto) como ponto de mira de
uma arma ou projétil. A definição clara de objetivos é de extrema importância
em várias áreas de atuação humana, a nível administrativo e de gestão, orientando a ação dos indivíduos[4]. A sexta definição é a
de ETAPAS: segundo os textos de
estudo, cada meta
está subdividida em etapas, que dizem respeito a cada uma das ações e
atividades que devem acontecer para se atingir a meta. A etapa organiza o que
será desenvolvido, e estabelece as prioridades de execução das diferentes
partes até que se complete o todo e se realize a meta.
Prosseguindo, a sétima definição é a de CONVÊNIOS:
forma de ajuste entre o poder público e entidades públicas ou privadas para
a realização de objetivos de interesse comum, mediante mútua colaboração[5].
Temos ainda a oitava definição,
qual seja PARCERIA PÚBLICO PRIVADA:
é quando o parceiro privado assume o compromisso de disponibilizar à administração
pública ou à comunidade
uma certa utilidade mensurável mediante a operação e manutenção de uma obra por
ele previamente projetada, financiada e construída. Em contrapartida a uma
remuneração periódica paga pelo Estado e vinculada ao seu desempenho no período
de referência. Alguns exemplos de obras realizada por PPPs são vagas prisionais, leitos hospitalares, energia
elétrica, autoestrada dentre outras. Os últimos anos têm sido
marcados por uma aumento da colaboração entre sector público e o privado para o
desenvolvimento e operação de infraestruturas para um leque alargado de
atividades económicas. Assim os acordos das parcerias público-privadas (PPP)
são guiados por limitações dos fundos públicos para cobrir os investimentos
necessários, mas também dos esforços para aumentar a qualidade e a eficiência
dos serviços públicos. As quatro principais regras para o sector privado num
esquema de PPP, são: Providenciar capital adicional; Fornecer capacidades
alternativas de gestão e implementação; Acrescentar valor ao consumidor e ao
público em geral; Melhorar a identificação das necessidades e a optimização dos
recursos[6]. Por
fim, a nona e última definição é a de PRESTAÇÃO
DE CONTAS: significa que quem desempenha funções de importância na
sociedade deve regularmente explicar o que anda a fazer, como faz, por que faz,
quanto gasta e o que vai fazer a seguir. Não se trata, portanto, apenas de
prestar contas em termos quantitativos mas de auto-avaliar a obra feita, de dar
a conhecer o que se conseguiu e de justificar aquilo em que se falhou. A
obrigação de prestar contas, neste sentido amplo, é tanto maior quanto a função
é pública, ou seja, quando se trata do desempenho de cargos pagos pelo dinheiro
dos contribuintes. Accountability
é um conceito da esfera ética com significados variados. Frequentemente é usado em circunstâncias que
denotam responsabilidade
social, imputabilidade,
obrigações e prestação de contas. Na administração, a accountability é considerada um aspecto central da governança, tanto na esfera pública como na privada, como a controladoria ou contabilidade
de custos. Na prática,
a accountability é a situação
em que "A reporta a B quando A é obrigado a prestar contas a B de suas
ações e decisões, passadas ou futuras, para justificá-las e, em caso de
eventual má-conduta, receber punições”. Em papéis de liderança, accountability
é a confirmação de recepção e suposição de responsabilidade para ações, produtos, decisões, e políticas
incluindo a administração, governo e implementação dentro do alcance do papel
ou posição de emprego e incluir a obrigação de informar, explicar e ser respondíveis para resultar consequências
positivas[7].
[2] Definição retirada do site http://pt.wikipedia.org/wiki/Etica
[5] Definição retirada do site portal2.tcu.gov.br/04_convenios_luiz_gustavo_andrioli.ppt http://www.qca.pt/qca_glos/glossario.asp?idletras=a&idgl=53
administrativa,
[5] Definição retirada do site portal2.tcu.gov.br/04_convenios_luiz_gustavo_andrioli.ppt http://www.qca.pt/qca_glos/glossario.asp?idletras=a&idgl=53
administrativa,
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