domingo, 24 de julho de 2011

Principais conceitos apresentados na unidade 2

Diversidade: diz respeito à pluralidade, à heterogeneidade. Pode ser ligada a dentre outras áreas, cultural, social, histórica, humana e biológica, ou ainda na interseção de diferenças que existem entre as pessoas. No que diz respeito ao povo brasileiro, a diversidade está ligada à uma formação a partir de múltiplas matrizes, como indígena, lusa e africana. Além disso, há a diversidade construída historicamente pela valorização ou desvalorização de grupos sociais através das relações sociais e das relações de poder.
Falamos o tempo inteiro em semelhanças e diferenças. Isso nos leva a pensar que ao considerarmos alguém ou alguma coisa diferente, estamos sempre partindo de uma comparação. E não é qualquer comparação. Geralmente, comparamos esse outro com algum tipo de padrão ou de norma vigente no nosso grupo cultural ou que esteja próximo da nossa visão de mundo. (disponível em http://www.mulheresnegras.org/nilma.html, acesso em 22 de julho de 2011)
E é neste contexto que podemos estudar e avaliar as “diferenças” estabelecidas no decorrer da nossa história entre brancos e negros. Os negros eram vistos apenas como empregados/escravos cabiam-lhes atender exclusivamente ao seu patrão/branco. Para as mulheres negras era pior ainda, pois além de cuidar de todo serviços da casa tinham que ser ama de leite e eram vistas pelos patrões como objeto sexual.
A situação da mulher negra no Brasil de hoje manifesta um prolongamento da sua realidade vivida no período de escravidão com poucas mudanças, pois ela continua em último lugar na escala social e é aquela que mais carrega as desvantagens do sistema injusto e racista do país. (Disponível em http://www.espacoacademico.com.br/022/22csilva.htm, acesso em 20 de julho de 2011).
Nesse sentido, a discussão a respeito da diversidade cultural não pode ficar restrita à análise de um determinado comportamento ou de uma resposta individual. Ela precisa incluir e abranger uma discussão política. Por que diz respeito às relações estabelecidas entre os grupos humanos e por isso mesmo não está fora das relações de poder. Ela diz respeito aos padrões e aos valores que regulam essas relações. (disponível em http://www.mulheresnegras.org/nilma.html, acesso em 22 de julho de 2011).

Cidadania: é um conceito histórico, o que significa que seu sentido varia no tempo e no espaço. Deve existir para garantir direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: sendo em suma, ter direitos civis. Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais, que são frutos de um longo processo histórico que levou a sociedade a conquistá-los. A cidadania não é mantida e nem garantida pela valorização da diversidade sob um olhar exótico, já que este apenas proporciona um ofuscamento das desigualdades em detrimento à prática dos direitos e deveres de um indivíduo na sociedade.
É preciso acima de tudo, perceber que a cidade está relacionada a outros conceitos que em conjunto visam à proteção dos direitos de todos, sejam esses estrangeiros, mulheres, negros ou homossexuais, conforme nos diz MELLO:
                        “Os conceitos de cidadania, democracia e direitos humanos estão intimamente ligados, um remete ao outro, seus conteúdos interpenetram-se: a cidadania não é constatável sem a realização dos Direitos Humanos, da mesma forma que os Direitos Humanos não se concretizam sem o exercício da democracia”. MELLO, Petters Milena.
Desigualdade: é constituída de um conjunto de elementos econômicos, políticos, históricos e culturais próprios de cada sociedade. São resultado do desrespeito as diferenças existentes entre os sujeitos.
Na atualidade a desigualdade entre brancos e negros vai muito além da problemática econômica, as desigualdades sociais baseadas na discriminação racial, de gênero, de classe, de etnia, de idade, de opção sexual, etc., continuarão, e, com tendência ao acirramento, ainda mais quando se trata de igualdade de oportunidades em todos os aspectos da sociedade. (Disponível em http://www.espacoacademico.com.br/022/22csilva.htm, acesso em 20 de julho de 2011).
Estas características atribuídas às pessoas pela sociedade fazem com que as pessoas também sejam colocadas em locais e com papéis determinados, que podem ser tanto ponto de acordo como de conflitos.  A diferença entre as mulheres de grupos raciais ou de classe diferentes torna-se desigualdades de Gênero, raça e classe. (Disponível em http://observatoriodamulher.org.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id=76&Itemid=140, acesso em 21 de julho de 2011).
A mulher negra tem sido, ao longo de nossa história, a maior vítima da profunda desigualdade racial vigente em nossa sociedade. Os poucos estudos realizados revelam um dramático quadro, que se prolonga desde muitos anos. Uma dramaticidade que está não apenas nas péssimas condições sócio-econômicas, produzidas por um sistema explorador. Mas também na negação cotidiana da condição de ser mulher negra, através do racismo e do sexismo que permeiam todos os campos da vida de cada uma. O resultado: um sentimento de inferioridade, de incapacidade intelectual e a quase servidão vivenciados por muitas.  (Disponível em http://www.antroposmoderno.com/antro-articulo.php?id_articulo=314, acesso em 19 de julho de 2011).
Igualdade: refere-se à ausência de diferenças de direitos e deveres entre os membros de uma sociedade. Depende da definição de um marco referencial e legal, além de políticas públicas para que seja alcançada e garantida a igualdade de direito e até mesmo de deveres entre os indivíduos.
Contudo, é necessário reconhecer e atentar-se para a diversidade a fim de alcançar as igualdades sociais, raciais e de gênero.
Antes confinada ao restrito âmbito doméstico, dia a dia a mulher conquista mais e mais espaço. Trabalhadora diferenciada atua nas mais diversas profissões. De motorista de caminhão a astronauta, praticamente não há área em que não caiba a mulher tanto quanto o homem.
O fato de a mulher também compartilhar o ganha-pão na atividade laboral fora de casa desobrigou-a de centralizar toda a responsabilidade com a casa, impelindo o homem a uma maior participação na vida doméstica, sobretudo na convivência com os filhos.
(Disponível em http://www.espacoacademico.com.br/058/58pessoa.htm, acesso em 21 de julho de 2011).
Igualdade de direitos e deveres não implica terem que agir da mesma forma. A igualdade começa pelo respeito mútuo, pelo mesmo direito de ser feliz e ter prazer, pelo direito que se tem de optar, escolher, ouvir e ser ouvido, dividir as tarefas, as tristezas e as alegrias. (Disponível em http://www.nodo50.org/insurgentes/textos/mulher/01mulherigualdade.htm, acesso em 20 de julho de 2011).
O objetivo da igualdade é a busca constante por uma humanidade livre, sem barreiras, igualdade de direitos e deveres, saúde, educação e justiça igual para todos. A luta contra as segregações, contra os preconceitos, é uma luta de todos, e não apenas das minorias discriminadas. Porque enquanto houver discriminação, não haverá igualdade e liberdade. (Disponível em http://www.nodo50.org/insurgentes/textos/mulher/01mulherigualdade.htm, acesso em 20 de julho de 2011).
Pode-se observar grande avanço na igualdade entre os gêneros, porém, ainda é visível a desigualdade racial.
Racismo: constitui uma idéia de que existe uma relação entre as características físicas hereditárias, como a cor da pele, e determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais. A base, mal definida, do racismo é o conceito de raça pura aplicada aos homens, sendo praticamente impossível descobrir-lhe um objeto bem delimitado, caracterizando, portanto, uma tendência de pensamento. Vigora até os dias atuais em função do senso comum de aceitação das suas idéias, além do fato de se garantir por meio da repetição, ignorância e preconceito. O racismo somado à desigualdade é que gera a discriminação notada na sociedade.
Democracia racial: sob uma análise crítica, podemos considerar esse termo um mito, tendo em vista que as relações raciais no Brasil não se referem de modo algum à igualdade de oportunidades entre brancos e negros. É preciso reconhecer o Brasil como uma nação racialmente desigual, percebendo a necessidade de combater o tratamento diferenciado ainda existente nessa sociedade, em vários âmbitos são camuflados pela idéia de uma “democracia racial”.

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