sábado, 8 de outubro de 2011

Violência em Gênero e Raça

A história ao longos dos anos, nos conta a história dos heróis. Como se o mundo e as grandes conquistas tivessem partido apenas dos homens. Eu já poderia assinalar aqui, uma forma de violência simbólica contra a mulher, por não ser noticiada ao longo dos anos no mesmo lugar de heroína que alguns homens.

A idéia nesse texto singelo não é a de fazer uma guerra dos sexos, e "endemonizar" a figura do homem. Mas, questionar esse modelo onde apenas os homens são heróis, e somente os homens foram responsáveis por mudanças efetivas no curso da história. 

Quando pensamos em revolução e adventos é sempre o nome de um homem frente ao processo que se explicita. Vamos ver alguns exemplos ?!

Pesquisa no google sobre :
-- Giuseppe Garibaldi e Anita Garibaldi. O primeiro alcançou a marca de: "Aproximadamente 3.110.000 resultado" enquanto a segunda: "Aproximadamente 2.230.000" . Embora, os dois tenham tido grande desempenho frente a Revolução Farroupilha (1835-1845)

-- Se formos pesquisar sobre Olga Benário Prestes fica uma dúvida.  Se digitarmos "Olga Benário" (Seu nome de solteira) temos: "Aproximadamente 39.500 resultados" . Se por outro lado digitarmos: "Olga Prestes" : "Aproximadamente 809.000 resultados". Isso significa que é o nome do seu marido: Luis Carlos Prestes que lhe dá uma "notoriedade" ?! Se pesquisarmos bem, conseguimos perceber que não desmerecendo o papel de ninguém mas antes, durante e depois da "Intentona Comunista" o papel de Olga Benário foi "maior" que o de seu "marido"


E por mais que possamos julgar esses processos como simples e de fácil subjetivação, vivemos em uma lógica em que "limar" e "reduzir" a figura da mulher é algo constante e de periodicidade factual. E quando pensamos a questão da mulher e fazemos a tranversalidade com a questão de raça(mulher negra) vamos traçando uma linha desde a Africa e conseguimos visualizar o quanto "foram" e ainda "são" "açoitadas" no Brasil e até no mundo. 


Pensar questões simples e subjetivadas em algo no passado, é entender o fluxo da história e se deparar com o "enraizamento" nessas questões antropológica que ainda consistem em criar "amarras" mesmo que simbólicas, contra elas que lutam na busca de uma "equidade de gênero¹" e na diminuição do "Hiato de Gênero²".


Tiago Alves Pereira. 
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Notas:

1 - Conceito trabalhado em uma postagem mais recente aqui no blog. Vamos relembrar?!

2 - Idem item 1






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