quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Conceitos da Unidade 4, módulo 2.

Conceitos

Módulo 2 – Políticas Públicas e Gênero


O módulo 2 teve como finalidade trabalhar o conceito de “Políticas Públicas e Gênero” de forma à evidenciar a opressão sobre o corpo feminino como algo originado há séculos atrás, mas que ainda hoje constituem amarras ao desenvolvimento da concepção das mulheres enquanto “sujeito de direitos”. 




E para além dessa problemática, a discussão foi entrecortada por outros temas transversais que fizeram a interseccionalidade, como : Jovens, Adolescentes, Lésbicas, Brancas, Camponesas, Índias, Negras.





Ao longo das quarto unidades, trabalhamos diversos conceitos. Selecionamentos alguns para serem postados aqui no blog (Vamos por módulos).


Vamos lá ?!

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Unidade 1
  • [...]Divisão Sexual do Trabalho Doméstico”: Por meio das relações de gênero, o trabalho doméstico foi conduzido à uma espécie de atividade feminina, naturalizada pela forma de cuidado que se é necessário para a organização. Entretanto, essas divisões acabam fundamenando uma mulher que passa maior parte do seu tempo em casa cercada de “afazeres”, no intuito de calar-las e não suscitar o possível debate de equidade de gênero. É onde o discurso é decapitado. Para além disso, não é um trabalho que se há reconhecimento, logo também não é reconhecido a pessoa que o faz.”

  • [...] Considero interessante registrar o conceito de masculinidade hegemônica formulado por Heiborn & Carrara (1998) que consiste na predominância do paradigma de masculino fundado na constituição de relações heterossexuais e valorização da figura do machão em contraposição a outra visão de masculino considerada inferior ou subalterna que naturalmente vinculam-se aos homens que estabelecem relacionamentos homoafetivos, em contraposição ao paradigma heteronormativo.” 

    Unidade 2


  • [...] Convenções de Gênero – conjunto de definições sobre masculino e feminino formulados dentro de um contexto cultural e sócio-histórico. A título de exemplo, o texto destaca a diferença sexual como “suporte primordial e imutável da identidade de Gênero”. As diferenças de ordem fisiológicas entre homens e mulheres seriam marcos da diferenciação entre homens e mulheres e, como decorrência natural teríamos o desenvolvimento de condutas, atitudes e vocações distintas para uns e outros.”

  • [...] A distribuição do poder é fundamentada em identidades e diferenças, tendo em vista que em um mundo desprovido de alteridade, as afirmações de identidade nada significariam. Contudo, notadamente as diferenças existem, ou melhor, são construídas histórica e socialmente (conforme percebemos ao longo da leitura dos textos da unidade 1, anterior a essa). Junto a essa gama de diferenças percebem-se as segregações e os conseqüentes conflitos de poder; conseqüentemente, o gênero dá significado a essas relações, pois é “um campo primário no interior do qual, ou por meio do qual, o poder é articulado” (SCOTT, 1995: 88).”

  • [..]Marcas da Des(classificação): Formas que a sociedade machista, elitista e homofóbica atribuiu a classificação de fatores para desqualificar socialmente uma pessoa. Seja por gênero, raça, etnia ou classe social.


Unidade 3


  • [...]Equidade de Gênero: é o desafio que nós temos enquanto sociedade de promover a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres. Conforme vimos em nosso texto de estudo, A equidade de gênero é considerada um direito humano. E efetivamente se as mulheres conseguem maior acesso a educação e ao mercado de trabalho isto permite maiores contribuições delas para a saúde e para a produtividade das famílias. Ou seja, em outros termos, elas colaboram efetivamente para a melhoria das condições de vida de toda a comunidade.”

  • [...]É de fundamental importância que as políticas públicas não sejam um instrumento de acomodação e desestimulação para luta de classes, mas sim um meio de atender aos interesses da população, obtendo como resultado, medidas concretas. Sendo assim, sabe-se que as políticas públicas podem contribuir para redução da pobreza e das desigualdades no Brasil, como aconteceu por meio da expansão da cobertura da assistência social, da valorização do salário mínimo e do Bolsa Família, ainda que ainda seja necessário criar medidas que alterem a divisão sexual do trabalho (norteada por dois princípios – Separação e Hierarquização, conforme vimos na unidade II) e os desvios de gênero que isso tudo provoca, dentro da construção histórica dos sujeitos da sociedade.”


  • [...]Hiatos de Gênero: Diferenças ocorridas entre homens e mulheres por decorrência das condições sociais. Explicitam questões como educação, mercado de trabalho, comportamento/conduta.”


Unidade 4
  • [...]Nas mais diferentes épocas e lugares a luta “travada” pelo movimento feminista vem ganhando cada vez mais tonalidade e totalidade. A história em todo o seu curso vem nos mostrando o quanto as mulheres têem precisado lutar e se engajar cada vez mais para garantirem acesso e permanência as mesmas coisas oferecidas aos “homens” ao longo dos séculos.”
  • [...] A Violência de gênero demonstra que muitos fatores influenciam na elaboração de estratégias de luta para as mulheres serem incluídas no universo da política e na sociedade como um todo. Além disso, sabe-se que o conhecimento em relação ao movimento operário no Brasil, principalmente no que diz respeito à vinculação das mulheres trabalhadoras urbanas ao movimento sindical e à equivalência salarial, aponta essa luta das trabalhadoras rurais no que tange às suas reivindicações políticas pela igualdade de sexual de trabalho.”
  • Violência simbólica: se caracteriza como uma violência que subordina a mulher ao homem, sem utilizar a força física, porém, utilizando outros artifícios presentes na linguagem, na organização social, nos comportamentos e visões de mundo que favorecerem a naturalização desta subordinação. Este conceito foi formulado por Pierre Bordieu (1999);








Referências:

  1. FACCHINI, Regina. De cores e matizes: sujeitos, conexões e desafios no Movimento LGBT brasileiro. In:Revista Sexualidad, Salud y Sociedad. Campinas:Unicamp, n.3, 2009. P.54-81.
  2. FAVERO, Cintia. Infoescola, 2007. Disponível em www.infoescola.com/sexualidade/o-que-e-sexualidade.
  3. MURARO, Rose Marie; BOFF, Leonardo. Feminino e masculino.Uma nova consciência para o encontro das diferenças.Rio de Janeiro:Sextante, 2002.
  4. NADER, Maria Beatriz. ABORTO? A QUEM INTERESSA.Vitória-ES:Ufes, 2007.
  5. NADER, Maria Beatriz. Políticas Públicas e Gênero: Unidade I – Gênero, Sexo e Sexualidade. Vitória: GPPGR/NEADD/UFES, 2011.
  6. SAFFIOTI, Heleieth I. B. O Poder do Macho.São Paulo:Moderna, 1990.


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    Banco de imagens:
    Foto 1: http://migre.me/5QzTf
    Foto 2: http://migre.me/5QzTS
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    Foto4: http://migre.me/5QzUU
    Foto 5: http://migre.me/5QzXA
    Foto 6: http://migre.me/5QzYB
 

 

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